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06/12/2021


Um levantamento da Fundação Dom Cabral avaliou o panorama das médias empresas brasileiras no comparativo entre os anos de 2019 e 2020. Apesar da queda das receitas, as margens de lucratividade cresceram nos setores avaliados.
À CNN Rádio, o professor da Fundação, Eduardo Menicucci, explicou que foram analisados os dados oficiais das empresas junto à Receita Federal. Ele destacou que alguns aspectos chamaram a atenção na pesquisa.
“Houve queda na receita das 97 empresas consultadas, mas, por outro lado, houve aumento da lucratividade delas, margens aumentaram bem nos dois anos”, disse.
“Houve também redução do ciclo financeiro, gerando mais rápido a atividade, e o mais importante manutenção dos empregos formais, levando em consideração o ápice da crise”, completou.
Isso, segundo ele, demonstra que as “empresas foram ágeis no controle dos gastos, custos e despesas, aliado ao fato de que houve alternativas propostas pelo governo federal que proporcionaram maneiras de reduzir os gastos e aumentar a produtividade.”
A indústria, por exemplo, teve a menor queda de faturamento (-2,13%), mas foi o segundo setor com maior crescimento no lucro líquido (184,77%) e manteve estável a quantidade de funcionários (0,66%).
Já no caso do comércio, as receitas foram afetadas de forma intermediária (queda de quase 4% em receita bruta), porém foi o setor que mais teve contratações (aumento de quase 20% em relação à 2019).
O setor de serviços foi o que mais sofreu em termos de receita (queda de 18,54%) e o que mais proporcionou redução de empregados, com -18,67%.
Segundo Menicucci, as empresas demonstram otimismo para 2022, já que conseguiram se sustentar no pior período da pandemia. “É esperado no mínimo manutenção do faturamento, margens de lucro elas disseram pretender manter ou aumentar o quadro de funcionários.”

Fonte: Portal Contabil

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