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02/09/2016


O desemprego no Brasil sobe para 11,6% no trimestre encerrado em julho de 2016, 0,4 ponto percentual (p.p.) acima do observado entre fevereiro e abril (11,2%), conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Contínua), divulgada nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a taxa de desocupação foi estimada em 8,6%, também houve elevação (3,0 pontos percentuais).

Os dados de aumento do desemprego e queda dos rendimentos do trabalho preocupam os empresários, visto que se estendem desde o início de 2015. “No último mês, o Brasil fechou 94,7 mil vagas. Em Santa Catarina foram 5,8 mil vagas menos. No entanto, vale afirmar que o ritmo do aumento de desemprego em maio se arrefeceu, quando comparado com os meses anteriores, indicando que para os próximos meses o desemprego pode parar de crescer”, pontua Bruno Breithaupt, presidente da Fecomércio SC.

A população desocupada (11,8 milhões de pessoas) cresceu 3,8% na comparação com o trimestre anterior (11,4 milhões), um aumento de 436 mil pessoas na fila do desemprego. Em relação a 2015, esta estimativa subiu 37,4%, o que representa um aumento de 3,2 milhões de pessoas.

Já a população ocupada (90,5 milhões) ficou estável, apesar ter registrado queda de 146 mil pessoas. Em comparação com igual trimestre do ano passado (92,2 milhões de pessoas) foi registrado declínio de 1,8%, 1,7 milhão de pessoas a menos no contingente de ocupados.

O número de empregados com carteira assinada (34,3 milhões) também se manteve estável em relação ao trimestre anterior, mas frente ao ano passado houve queda de 3,9%, uma perda de 1,4 milhão de pessoas.

O rendimento médio real (R$ 1.985) estabilizou frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2016 (R$ 1.997) e caiu 3,0% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.048). A massa de rendimento real (R$ 175,3 bilhões) não mostrou variação significativa em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2016, mas recuou 4,0% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.

“A retração da massa salarial também provoca a queda na intenção de consumo das famílias e determina, reforçada pela oferta restrita de crédito, a redução das vendas do comércio”, destaca Breithaupt. No último dado disponível o mês de junho, a retração no volume de vendas em Santa Catarina chegou a 7,9% no acumulado de 12 meses.

Fonte: Fecomercio SC

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