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11/11/2016


Os resultados de setembro da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo IBGE, sinalizam para a estabilização do comércio varejista catarinense. O volume recuou -1,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior e a receita nominal teve a variação positiva de 10,7%, primeira acima da inflação (8,48%) este ano.
Nos últimos seis meses o recuo nas vendas vem caindo significativamente (-10,6% em abril, -7,9% maio, -6,0% junho, - 2,9% julho, -4,1 agosto e -1,3%). Por outro lado, a receita avança (1,1%, 3,1%, 4,5%, 9,1%, 7,5% e 10,7%).
os nove primeiros meses do ano, as vendas no conceito restrito (sem atividades de material de construção e veículos) caíram 6,9%. No acumulado de 12 meses, comparação que mostra a tendência do setor, o volume de vendas do comércio varejista restrito apresentou variação de -7,8%. O resultado é ligeiramente melhor do que agosto (-7,9%) e julho (-8,0%). A receita nominal teve alta de 3,8%, acima do mês anterior (3,4%).
Entre os segmentos, o mais prejudicado foi novamente o comércio varejista de Livros, jornais, revistas e papelaria, com baixa de 18,9%. Já os equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação apresentaram variação positiva de 6,6% e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 1,7%.
“A pequena redução na queda é importante, pois mostra uma perspectiva de melhora após 10 meses consecutivos de aprofundamento da retração nas vendas. Em julho atingimos um dos piores níveis da série histórica iniciada em 2001. A receita nominal na taxa acumulada em 12 meses subiu pelo segundo mês consecutivo. Mesmo sendo baixo (3,8%), este resultado aponta para um cenário melhor no futuro. A intenção de consumo das famílias já entrou em recuperação e no mês de agosto o estado voltou a criar postos de trabalho”, afirma o economista da Fecomércio SC, Luciano Córdova.
O arrefecimento da inflação e os novos rumos políticos trazem um horizonte mais estável para a política econômica e para o cenário fiscal do Brasil, o que pode provocar mais quedas dos juros este ano e recuperar o crédito. “Com uma volta do crescimento da renda real do catarinense, o comércio começa a retomar o dinamismo. O cenário ainda é ruim, mas não se agravará mais. Os indicadores positivos voltarão em 2017”, completa o presidente da entidade, Bruno Breithaupt.
No Brasil, o volume de vendas do comércio varejista restrito teve queda de 5,9% em relação ao mesmo mês do ano passado- a 18ª taxa negativa seguida nessa base comparativa. A variação da receita foi de 5,7%. No acumulado de 12 meses, o resultado do volume de vendas fechou com queda de 6,6% e a receita nominal variou positivamente em 4,4%.

Fonte: Fecomercio SC

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